quinta-feira, 29 de março de 2012

Tela...

Pinta-me...



Das tuas cores... Sabores...

Texturas...

Quero-me pintar... por ti...


Toxyca....





Hoje é daqueles dias em que... Por mais poder de encaixe que tenha, não chega, não dá, não preenche nem suaviza qualquer outra côr que tente  dar a não ser esta, às minhas asas...

Sejam as gravadas na pele, ou as cravadas na alma!



Negras e reluzentes...!


Depois de duas ou três situações menos aprazíveis (mesmo) ao longo do dia, por pessoas diferentes e em contextos não menos diferentes, cada uma com a sua importância devida, como sempre entendi na minha enorme capacidade de o fazer, às vezes incompreensível até, as asas brancas não perdem o seu encanto e sapiência, preserverança e cândura. Não sou só Libertya,  sou e vou muito para além disso. No entanto, e como se não bastasse, vá de mais um pouco, dá e sorri sem descanso, até que se dá o desgaste e , eis que termina com a cereja no topo do bolo.


Vindo de quem veio custou, das poucas amizades puras que guardo com imenso carinho,  chegou  com arrufos e descarga de algo que nem eu uso quando estou stressada ou magoada, as minhas coisas guardo para mim, não descarrego nos outros, mas leva lá com eles Libertya..Não sendo a primeira vez, numa outra altura até teria levado provavelmente com outra postura, mas não sou feita de pó, mas sim sentimentos como toda a gente. Puxou-me logo o veneno... Dass!!!! Mas que raio?!?! Tenho cara de Madre Teresa de Calcutá? Muro das lamentações? E olha logo com quem... Oiço, entendo, compreendo, aturo, bem mais do que o fazem a mim, mea culpa, fecho-me demais e desvio sempre o tema, aprendi a ser assim por circunstâncias da vida, mas caramba! Também estou cá, existo, respiro, não sou de ferro nem envergo armaduras por mais que pareça, também tenho os meus limites! E quando rebento pelas costuras... O fel sai, sempre de forma educada mas vincada, e o corte...Das duas uma, ou é feito de forma limpa e curta, rápido e letal, ou de forma suave e dolorosa, a conta-gotas...

Resultado,  trezentas mil desculpas, sentimento de culpa, plena consciência de que se cruzou o risco demasiadas vezes, e eu mesmo assim a pensar se as aceitava ou não, feita anja...  Gosto demasiado de quem é para ir a "ping ping" Mas não... Chega! De ser boazinha, entender tudo, pôr-me no lugar dos outros, reflectir sobre o que faz cada um tomar esta ou aquela atitude, dar-lhes o espaço e devido tempo para assimiliar o que os rodeia e saber-me cá para apoiar, entender, ouvir, calar ou simplesmente estar. Cansada... De ser forte numas coisas e fraca noutras. Cansada.. de pensar mais nos outros e menos em mim, saturada do detrimento, egoísmos e egocêntrismos, narcisismos e leviandades mundanas. Exausta... De ser assim,  e sem contemplações, cada vez mais sôfrega...

De mim!



"Se algum dia me desculpares, eu cá estarei..."  - Pois é, eu estou cá sempre, (in)felizmente, não apenas quando as pessoas se lembram ou precisam. Tenho de rever os meus valores, urgentemente... Ou assim não vou a lado nenhum! E cada vez mais a carapaça se fortaleçe.... Dass...

Nem eu tenho essa capacidade... Não sou anjo! Tenho costas...



quarta-feira, 28 de março de 2012

Desejo...

... Envolvência...




... Entrega...

De um por um,

e os sentidos vão avivando o sêr...

Soltando as amarras,

Largando essêncya...

... Intensya...

... Libertya...


terça-feira, 27 de março de 2012

Excelente dia...




... Para ficar no Dolce fare niente...


Delicioso...


domingo, 25 de março de 2012

E cá vai...

Mais um...


Desafio!

Este, lançado por vários blogs tal como tantos outros, respondo ao mesmo, porque sim.




As regras são:

11 Factos aleatórios sobre mim;

Responder às perguntas que me são propostas;

Fazer 11 perguntas às próximas vítimas;

Escolhê-las.




E vamos à primeira fase:

1 - Não vivo sem música, ponto.

2 - Com a mesma facilidade com que quebro, encontro-lhe força, levanto-me e corro com mais velocidade ainda!

3 - Qual gata, lambo as minhas feridas sózinha e sigo caminho sem olhar (muito) para trás.

4 - Intensya e transparente, tanto que às vezes gostava de ser um pouco menos, os meus olhos são o espelho da minha alma e não me deixam mentir, nunca.

5 - O que tenho de provocadora tenho em dobro de carinhosa, tanto um um como o outro para quem quero, quando quero e como quero. Eterna romântica e sonhadora até à ultima casa!

6 - Desde tenra idade que os meus passatempos predilectos são puzzles, enigmas, mind-breakers, Majhong, o mental então... Exílibris meu. Quem não me ex(er)cita a mente, não me ex(er)cita o corpo.

7 - Não gosto de rotina, sou e estou em constante movimento e mutação, nem me contento com pouco, sou tudo ou nada, dia ou noite, oito ou oitenta, mas com a absoluta consciência de que no equilibrio é que se encontra o segredo para uma existência plena.

8 - Gomas... Bom, que vício! Gelado de baunilha então, ui.

9 - Tenho como postura e traço vincado o facto de que não sou melhor ou mais do que ninguém, mas definitivamente não sou pior nem menos! Não lido muito bem com o Egoísmo ou a Soberba, presunção e água benta, cada um toma a que quer, mas Soberba... Activa-me logo o "trigger" venenoso.

10 - Prefiro muitas vezes virar as costas a uma situação e a atitude ser tomada como cobardia, deixar a poeira assentar e reflectir, a bater de frente com ela e os danos serem irreversíveis, já me conheço o suficiente para saber que quando o veneno fica à tona o resultado não é o melhor, de todo! Nem sempre tenho esse poder de encaixe, mas faço por tê-lo.

11 - Nunca, ou quase nunca, julgo um livro pela capa, posso tirar as minhas ilações acerca, mas espero sempre para ver o que contém para além do que se mostra como prólogo, e aí sim, formar uma opinião concreta.

Agora as perguntas:

1- O que fazes quando abres os olhos?
 R - Fecho-os em seguida e sorrio, acordo sempre bem disposta!

2 - Qual foi o ultimo livro que leste?
R - "O Segredo" de Rhonda Byrne.

3 - Mar ou campo?
R - Absolutamente mar!

4 - O que significam para ti as aparências?
R - Acho que respondi a isso lá em cima, mas pouco, ou apenas o suficiente para desvendar o que está por detrás delas.

5 - Num mundo ideal, o que contava para ti acima de tudo?
R - Igualdade.

6 - Qual a tua utopia?
R - A Imortalidade.

7 - Emigravas?
R - Sem dúvida, se achasse necessário ou simplesmente me apetecesse, agarro-me às pessoas, não aos locais.

8 - Quantas vezes disseste amo-te?
R - Todas as vezes que o senti de facto, faço-o diáriamente.

9 - Quantas vezes realmente amaste sem o dizer?
R - Muito poucas, mas as que fiz foram bem como eu... Intensyas.

10 - Se a tua vida fosse um filme, qual seria?
R - Hum... Talvez o "Flashdance".

11 - O que fazes para ser feliz?
R- Dou valor às pequenas coisas da vida e tenho como filosofia o copo meio cheio,nunca o meio vazio!

As perguntas serão as mesmas, e as vítimas... As que se sentirem provocadas e devidamente libertyas para tal!

Obrigada!


Por este mimo!



Sem me aperceber sequer, acabei por ser contemplada com uma menção honrosa num dos blogs que mais visito, pelo requinte, graciosidade e beleza do mesmo. Nem sempre comento é certo, mas porque simplesmente há posts que dispensam palavras, apenas contemplações, mas sigo com muita atenção, sempre. E  assim lhe dou os meus parabéns pelas visitas, blog, essência feminina e desejo que espelha nele.

Numa imagem bem de acordo comigo, exponho este mimo com muito orgulho no Libertya, e com um sorriso enome te agradeço Desejo pelo mesmo!


 :) Obrigada :)

sábado, 24 de março de 2012

Libertya...


Pedaços de Mim...


Fotografados na ponta dos Teus dedos...

Gravados na retina do Teu sentir...

Tatuados em essência Nossa!

Qual ventos que crias onde sou folha bailarina
ao teu sabor,

Labaredas onde sou meretriz que te alimenta
e rebujila,

Carinho tão suave... de fazer parar a ampulheta,
enublar o espaço, preencher o momento...

Eu sou Intensya...

Tu és..

Delíryo Meu...


quarta-feira, 21 de março de 2012

Urgência...

... De Ti!


Ausência... de Mim..


 Sentires reinventados...

Num Nós!

terça-feira, 20 de março de 2012

Arrufos..




 - Ei, tu aí,  acorda preguiçoso...
 - Humpf, tu de novo? Oh criaturinha chata tu hã?
 - Estás a ouvi-la cair lá fora?
 - Quem? O que é que estás para aí a dizer?
 - Não ouves? É  a chuva!!!  A que cai devagarinho... Gotinha a gotinha a bater na fresta da janela, a dar sinal de vida. Escuta com atenção... Espera, está a cair com mais força. Anda, vem daí!
 - Estás parva? Vou aonde a esta hora? Está frio, é tarde, ainda te constipas, e lá tenho eu de te aturar queixosa e febril.
 - A mim? Desde quando?!?!  Nem que reencarnasses milénios a fio me ouvirias a resmungar como tu, Ser neutro e sem fulgor. Deixa de ser pãozinho sem sal e despe a batina de menino bem comportado, és mesmo Anjinho...
 - Mau... Pára sossegada  , encolhe lá as asinhas e deixa-me dormir! Dás-me cabo da paciência miúda!
 - Olha, fica para aí feito peluche que eu vou mas é curtir a sinfonia que a noite e ela criam, está bem?
 - Estou feito contigo!!! Ao menos calça-te, e leva agasalho.
 - Como?!? Não me faças blasfemar a esta hora criaturinha branca! Nem eu enclausurada aguento... E já me torras a paciência com tanto blá blá blá.Não me conheces já?? Guarda as pantufas e vestes para ti, que eu vou é dançar à chuva descalça e sentir a água escorrer pela cara, e sem roupa anjo puritano! Sabes o quão bom  é chapinhar nas poças? Pular sobre elas,  criar "splashs" e risadas de cansar a  tua Eternidade? Sentir o elíxir da vida invadir-nos com aquele arrepio tão único, soltar aquele sorriso qual criança que se suja e brinca na lama a perder horas de vista?
 - Não, realmente não, não fui talhado para isso...
 - Pois não, foste talhado para ser responsável, ponderado, atento e cuidadoso. Eu não! Fui feita para me sujar, brincar, atentar, espicaçar, saltar, dançar, viver!
 - Mas eu protejo-te a cada vez que dás um passo em falso, numa esquina ou berma sinuosa, sou eu que estou lá e que te salvo do abismo, aquele que nem tu sabes quão fundo e penoso é, lembras-te?
 - Oh, mas és enfadonho... Tiras-me o gozo, envolves-me em cobertores tão acolhedores e felpudos que me sufocam! Esqueçes-te que sou eu que te faço rir, brincar, sentir as asinhas vibrar, corar, levar por entre caminhos que nem ao meu Criador deixariam indiferentes perante tanta audácia e arrojo,  e  lembrar que vivemos no mundo dos Humanos? O Céu está lá em cima, não cá em baixo..
 - Mas também sabes que se fosse como tu querias, seria o caos, o Inferno... Sabes que nunca seremos iguais!!!
 - Totózinho... Quem disse que precisamos de ser? TU no teu lado, EU no meu, cada um com a sua vertente, somos complemento, as duas faces da mesma moeda, Homem e Mulher, os dois lados da ampulheta, dois pesos na balança da vida. Agora deixa-te de merdas, tira as sandálias e vem chapinhar comigo! Dança, ri, solta-te, qual menino perdido e embebido em chuva de Vida que cai pelas mãos do teu Criador... Aposto que hoje vai fechar os olhos ao teu passo incauto e desprovido de regras e designíos Divinos.
 -E tu? Rejubilas com o meu fraquejar...
 - Não Anjinho... Dou-te a mão e contigo na chuva vou dançar, e aproveitar o que de melhor a nossa parceria tem, a cumplicidade, mesmo que por frações de segundos. Larga de ser cumpridor e tão menino de côro, olha se te puxasse para coisas que te deixariam a cobrir os olhos com as asinhas tão purinhas que tens, aí sim, seria um caso sério e terias muitas explicações a dar, ao passo que eu... estaria no meu patamar. Mas como até tenho uma costelazinha vinda lá de cima, ou não tivesse eu caído aqui de pára-quedas, até te alivio os pecados um pouco e com um sorriso te convido a vir comigo neste mar que cai do Teu Céu. Agora anda daí... anda!!!
 - És tramada Diabinha...
 - Cala-te e aprecia o momento, o castigo logo sofremos depois,  juntos!  Não temos outro remédio mesmo... Somos a consciência!

 -  Humpf... :P

domingo, 18 de março de 2012

Há coisas que...



Não se explicam mesmo, apenas sentem...



Pouquíssimas, ou mesmo raríssimas, são as pessoas que me conseguem conquistar, o carinho, a amizade,  a admiração, acima de tudo o respeito (!) e guardar como tesouros que vou apanhando pela vida fora. Tu, és uma delas...! Acompanhas-me desde "bebé" por aqui, e venho-te lendo aqui e ali, apanhando pedaços teus, os que revelas, nestas luas ou noutras, e os que não o fazes mas vou intuíndo, e sorrindo por poder conhecer-te, sem falsa modéstia, por fora e por dentro, e como dizes, "aturo-te" e tiras-me do sério e capaz de te bater por cada vez que dás uma de "peste" e dizes isso.

É sempre com um sorriso que me lembro de ti, e hoje então, algo mais forte me ligava a ti, sem saber explicar bem porquê, cheguei a perguntar-me e questionar-me, descobri e realmente, há coisas que não se explicam mesmo, apenas sentem... :)

Um beijo carregado de carinho e admiração te deixo Gadreel, em tudo o que és no teu Ser, e que o teu renascimento hoje eu possa testemunhar e acompanhar, assim como o próximo... neste estágio ou em outro!

:)



sábado, 17 de março de 2012

Degustação...



Traz o néctar... Eu levo o co(r)po...


Partilhamos a sede...

E brindamos um a(n)o outro!

Vamos a provas...



quarta-feira, 14 de março de 2012

Vou-te...

 Abrir o apetite... um pouco...



Depois...

Sussurras-me se o preto me assenta bem...

Ou melhor,

Se o devo manter... ou não...






terça-feira, 13 de março de 2012

Feelings...


Diluo-me por entre sonhos,
Reinvento-me em vidas,
Morro às mãos das minhas labaredas,
Renasço em cinzas espalhadas ao vento...

 Filha de quimeras douradas,
Sombra de Deusas Imortalizadas,
Porque sou assim...

Feita do sentir,


Espelho do viver!








domingo, 11 de março de 2012

Momentos...


Silenciosos...


Aqueles em que dispo a armadura, atiro para um canto a força e pouso no chão a garra que me caracteriza,  lado (aparentemente) forte e magnânimo, gritante, o que inúmeras vezes ultrapassa o limiar do razoável, até para mim mesma, e solto o lado que vive enclausurado... deixo-o respirar livre um pouco. Esvoaça pela sala impregnando-a de um aroma delicado a açucenas brancas, acende as velas de travo caramelizado da minha sinfonia interior, recria uma luz ténue e o corpo que jaz cansado e prostado no sofá aninha-se, molda-se e reconforta-se. Pede...

Fecho os olhos... No escuro e mais puro silêncio, os pensamentos soltam-se dos grilhões impostos, surgem em catadupa, sôfregos, atropelados.  Espero... que lentamente percam a velocidade atroz e sosseguem, alinhem e posicionem no quadro que me permito criar mentalmente. Cada um no seu lugar, deixo que me toquem qual engodão embebido em néctar suave e adoçicado, tacteando, dedilhando milimétricamente, movimentando o corpo e alimentando a alma de forma incólume. Deixo...

Que a nostalgia surja e a lágrima caia... Sem receio, sem barreiras a travar-lhe o percurso ou rota, cai desgovernada, sem rumo, sózinha. Uma apenas... Ao passo que lhe sinto o sal consciencializar-me da sua presença ao molhar-me a face, sorrio-lhe, numa ambiguídade tão minha. Egoísta e paradoxalmente generosa, pede silenciosamente pelas outras que se encontram enclausuradas ainda. Permito...

Abro os portões dourados e qual chuva que me restaura a secura da alma, descem e fazem-se pérolas. O gelo que me percorre o espírito espalha-se pela sala, encarquilha-me e contorce-me o fisico,  tonalidades frias e sombrias circundam-no e assaltam-me, numa viagem ao centro do meu "Eu" que me entorpece e desestrutura, espraiando fragmentos meus em recantos escondidos. Solto...

O lado mais guardado, puro,  retiro-lhe o freio por momentos, a mordaça que acompanha a carapaça cai por terra, a que hábilmente em traços e teias invisíveis mas indeléveis vem sendo criada pelas agruras, exaltações, aprendizagens, experiências vivenciadas que me fazem ser quem sou, como sou, quando sou e porque o sou. Trémula, sinto a invasão de sentimentos que se manifestam fisicamente. Falta...

O Tudo, preenche-se o Nada, grita o Passado, imiscui-se no Presente, pincelando o Futuro. Mesclam-se os tempos, os espaços, as facetas e a ampulheta pára... Por momentos, aquele momento, O momento, em que me falta a compreênsão, a cândura, a sapiência, o desabrochar e trilhar, desbravar de caminhos por entre os espinhos que a rosa em mim alimenta e teima em afiar. Adormeço...

Mergulhada no mar que brota das entranhas e lados agrestes, frágeis, revoltos, carentes, exigentes, intensos, embargada nas ondas da nostalgia, perdida pelos corredores, esquinas a perder de vista do meu espírito e fecho a caixinha... As asas cravadas na carne encolhem-se, o tritão é coberto em cetim cor de sonho e envolvo-me nas que soltei, felpudas e aconchegantes. Não chega..  Mas a consciência não tem lugar, o surreal ganha terreno e consistência, permitindo-me sossegar e descansar a alma...Até ao dia em que a abrirei de novo, deixando-a Libertya... isenta de chave dourada...



Muitas vezes...



Me pergunto por que caminhos me leva a vida...


Libertyo a mente da resposta,

E prefiro deixar

 nas mãos do Universo...

quinta-feira, 8 de março de 2012

Let´s play...

Riddles?




Guess what´s on my mind....






quarta-feira, 7 de março de 2012

Vais gostar...

... Da ementa que elaborei...


Vais cometer o pecado da Gula...

E eu o da Luxúria!



segunda-feira, 5 de março de 2012

Loucura...



Estava eu de roda de uns papéis  com uma colega, a trocar impressões sobre um assunto um tanto ou quanto complicado, quando alguém entra no escritório e dirige-se à recepção pedindo para falar comigo. Foi convidado a sentar-se no sofá enquanto aguardava que voltasse ao meu posto. Não prestei muita atenção, concentrada no que estava a fazer, e o facto de estar numa outra sala não me permitiu visualizar quem seria. Quando me sentei fiz sinal à recepcionista para que dissesse ao senhor para entrar. Ouvi uma voz muito familiar, que me deixou logo com os sentidos alertas e o coração acelerado. Quando se levantou e avançou gelei...

 - Bom dia Libertya! - Disse com sorriso . Estava incrédula no que os meus olhos viam, o chão fugiu-me por debaixo dos saltos altos, a mente viajava entre a surpresa e a quantidade de vezes que me havia dito "O longe faz-se perto num àpice", sabia que era maluco o suficiente para tal, queria que o fosse imensas vezes, mas desta forma não esperava.
 - Bom dia  Dr.! Como está? - Respondi num tom seguro e bem disposto, enquanto tentava disfarçar o nervosismo, todo o meu corpo tremia... Sentia um frio na barriga enorme e um arrepio na espinha, enquanto fitava aqueles olhos hipnotizantes, quase que me liam a alma, e  instigavam os meus. 

A conversa foi decorrendo sobre o pretexto de solicitar os nossos serviços, não estávamos sózinhos e como tal não podíamos dar largas ao que nos consumia, sabia também que a intenção era surpreender-me e ver como reagiria perante uma situação destas, mas sempre com alguns sorrisos e olhares cúmplices, quase que famintos um do outro. Pela primeira vez estávamos frente a frente, e todas as vezes que o desejámos pareciam descarregar adrenalina em doses tortuosamente deliciosas.
 - Peço desculpa vir a esta hora, está quase na sua pausa para o almoço não está? - Perguntou pegando no telemóvel como que confirmando as horas e escrevendo qualquer coisa.
 - Está sim, já estamos quase a terminar. - Respondi com um sorriso maroto. A luz do meu telemóvel acendeu, vi no visor que era uma sms dele.
 - Bom, obrigada pelas informações, fico à espera do seu email com as restantes, foi um prazer conhecê-la.
 - Serão enviadas assim que possível, e fico a aguardar a sua análise. Igualmente e o resto de um bom dia para si. - Levantou-se, olhou fundo nos meus olhos e dirigiu-se à porta, agradeceu a simpatia à recepcionista, saíndo em seguida em passo calmo e firme.

Enquanto tentava acalmar o ritmo cardíaco e raciocinar um pouco, li a sms. "Estou à tua espera no parque de estacionamento. Estás linda..." Um pouco atordoada ainda respondi, enquanto as minhas colegas comentavam o seu charme e timbre de voz grave e pausado, melodioso. Eu que por norma sou a primeira a entrar na galhofa quanto a isso nem me manifestei, tentava assimilar o que acabara de acontecer.  Recebo nova sms. "Trata de tirar a tarde porque hoje és só minha..."

Sem muito tempo para arranjar um pretexto de ultima hora, mas engenhosa como sempre, arranjei facilmente forma de o fazer. Assaltada por um misto de sentimentos e sensações, qual míuda em tempos de namoro de primeira bagagem, qual mulher carregada de vontade e desejo de o sentir,  e tornal real o que havia sendo alimentado há muitas luas. Chegada a hora de almoço, arrumei as minhas coisas, desiguei o pc e despedi-me com um "Até amanhã ladies" em passo ligeiro e rumei ao parque de estacionamento. Estava descontraído encostado à porta do carro a olhar para mim e a observar cada passo meu em sua direcção. Parei à sua frente e ficámos a olhar um para o outro por uns segundos... Sem articular uma palavra. Aproximou-se pondo a mão em redor da minha cintura puxando-me para si, e colou os seus lábios aos meus num beijo longo, calmo mas sentido e intenso, carregado de vontade. O tempo parou ali, naquele beijo seguido de outro, e mais outro, como se fossem o alimento que nos mantinha à míngua por dias e noites a fio.

 - Eu disse-te que o longe se faz perto num ápice... - Sussurrou-me ao ouvido, sentindo o calafrio que me causou enquanto me envolvia num abraço.
 - És louco... - Respondi olhando nos seus olhos, espelhavam o mesmo que os meus. Loucura, vontade, desejo, saudade.

Entrámos no carro, com intenção de irmos almoçar algures pela zona, mas a vontade de nos sentirmos  falava alto demais...

Continua...


sábado, 3 de março de 2012

Vôos...




Perco-me nas asas que me tingem o corpo, a alma, o sangue...
 A fome e a sede...
De perder de vista a contagem ao tempo que sorvo em tragos aveludados,
em cada golfada de ar quente que me reveste o ser...